O doce que virou febre nas redes sociais
O chamado “morango do amor” se transformou na sobremesa queridinha do momento. Inspirado na clássica maçã do amor, ele é feito com morango fresco, coberto por brigadeiro branco e finalizado com uma camada crocante de calda caramelizada em tom vermelho vibrante.
As redes sociais estão repletas de vídeos mostrando o recheio escorrendo, o som marcante da casquinha ao ser mordida e reações empolgadas acompanhadas do já conhecido “você precisa provar!”. São tantos estímulos visuais e elogios repetidos que acabam convencendo muita gente de que está ficando de fora de algo imperdível.
A pressão silenciosa do “todo mundo está indo”
Isso desperta um desejo instantâneo de pertencer, de fazer parte do que está em alta. Não se trata apenas da sobremesa, mas do medo de ficar de fora. A ideia de que “todo mundo está indo” cria uma pressão silenciosa que empurra muitas pessoas para longas filas, levando a gastos exagerados apenas para experimentar o que viralizou nas redes sociais.
Quando esse tipo de comportamento se torna frequente correr atrás de cada tendência, de cada “febre” das redes, ele começa a pesar emocionalmente e gera frustrações cada vez mais comuns.
O problema não está no produto em si, mas na velocidade com que desejos são criados e logo descartados, como se fossem simples atualizações de aplicativo. Isso afeta diretamente a nossa rotina. Consumimos energia com o que é efêmero e, no fim, sobra a sensação de vazio, aquela frustração silenciosa de perceber que aquilo não era tão incrível quanto parecia.
Por que sentimos vontade de provar tudo o que está na moda?

Esse comportamento de seguir tendências alimentares não acontece por acaso. Nosso cérebro é influenciado por diversos estímulos emocionais e visuais, principalmente quando se trata de comida.
As sobremesas que viralizam nas redes sociais são criadas para despertar os sentidos: cores vibrantes, texturas crocantes, recheios que escorrem diante das câmeras. Tudo isso ativa o sistema de recompensa do cérebro, o mesmo que está envolvido em sensações como prazer e alívio da ansiedade.
Além disso, há o fator psicológico conhecido como “medo de ficar de fora”. Esse medo gera uma sensação de urgência, levando muitas pessoas a consumirem algo não por desejo real, mas pela pressão de se sentirem incluídas ou atualizadas.
A consequência disso é o consumo impulsivo, que muitas vezes não traz satisfação real. Em vez disso, deixa arrependimento, frustração e, em alguns casos, consequências físicas indesejadas.
Como desenvolver um olhar mais consciente sobre o que comemos
A alimentação consciente é uma prática que ajuda a quebrar esse ciclo de impulsividade e frustração. Ela se baseia em prestar atenção ao que você consome, não apenas pelo sabor, mas pelo impacto que cada escolha tem na sua saúde física, emocional e até financeira.
Aqui estão algumas estratégias simples para aplicar no dia a dia:
- Pare e se pergunte. Estou comendo por fome ou por impulso?
- Reflita antes de comprar. Esse produto vai me trazer bem-estar ou estou apenas tentando acompanhar uma tendência?
- Valorize o natural: frutas, castanhas, sementes e alimentos minimamente processados são mais nutritivos e saciam melhor.
- Evite comer distraída: quando você come assistindo vídeos ou navegando nas redes, tende a exagerar nas quantidades sem perceber.
- Tenha alternativas saudáveis em casa: isso reduz as chances de buscar opções industrializadas por conveniência.
O segredo não é viver em privação, mas cultivar escolhas conscientes que fortaleçam a sua saúde a longo prazo e respeitem suas emoções de forma gentil.
O impacto no bolso, na saúde e nas emoções
Esse comportamento impulsivo pode afetar mais do que parece. Às vezes prejudica a saúde, desequilibra o orçamento e até interfere nas relações pessoais. Controlar esse impulso não significa se privar de aproveitar o que gosta, mas fazer uma pausa consciente e perguntar: eu realmente quero isso, ou só quero me sentir incluída no que todo mundo está fazendo?
300 calorias por unidade: o que há por trás do morango do amor?

Apesar da aparência atrativa e da presença do morango, que é uma fruta naturalmente rica em vitamina C, antioxidantes e fibras, o chamado morango do amor está longe de ser uma opção leve. Cada unidade pode ultrapassar as 300 calorias, dependendo do tamanho e da quantidade de cobertura utilizada.
O consumo frequente desse tipo de doce pode trazer sérias consequências à saúde. Picos de glicemia, ganho de peso, aumento da resistência à insulina, agravamento de quadros de obesidade e o risco aumentado de desenvolver diabete são alguns dos impactos.
Além disso, o excesso de açúcar e ingredientes ultraprocessados, como leite condensado, creme de leite e calda de caramelo, contribuem para a inflamação do organismo. Isso pode comprometer a saúde intestinal e favorecer o surgimento de doenças autoimunes e alergias.
Vale lembrar que esse tipo de sobremesa vai na contramão das diretrizes do Guia Alimentar para a População Brasileira, publicado pelo Ministério da Saúde, e das recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), que alertam sobre os riscos do consumo regular de alimentos ultraprocessados.
Como consumir morango de forma saudável
Para manter a saúde em equilíbrio, a recomendação dos especialistas é optar por versões mais leves e nutritivas. O morango pode ser consumido com chocolate 70% cacau, creme de ricota ou iogurte natural, sem açúcar e sem adoçantes artificiais. Essas combinações ajudam a valorizar os benefícios da fruta sem comprometer a alimentação.
Caso escolha experimentar o morango do amor, o mais indicado é consumi-lo após as refeições principais, nunca em jejum. Isso ajuda a evitar picos de glicemia no sangue. Vale lembrar que, por si só, o morango é uma fruta com poucas calorias, baixo índice glicêmico e pode ser um excelente aliado em uma alimentação equilibrada. O problema está nos excessos e nos acompanhamentos ultraprocessados, não na fruta em si.
Morango natural: um superalimento que merece destaque

Ao natural, o morango é um verdadeiro tesouro nutricional. Veja alguns dos principais benefícios da fruta quando consumida sem adição de açúcares, coberturas ou caldas artificiais:
- Rico em vitamina C: fortalece o sistema imunológico e melhora a absorção de ferro.
- Fonte de antioxidantes: ajuda a combater os radicais livres, prevenindo o envelhecimento precoce.
- Baixo índice glicêmico: ideal para quem busca controlar os níveis de açúcar no sangue.
- Poucas calorias: excelente opção para quem deseja perder peso ou manter o equilíbrio alimentar.
- Melhora a digestão: graças às fibras presentes na fruta, contribui para o bom funcionamento intestinal.
- Auxilia na saúde cardiovascular: ajuda a regular a pressão arterial e reduz o risco de doenças do coração.
Incluir o morango no dia a dia de forma simples, natural e sem excessos é uma maneira inteligente de cuidar da saúde e ainda aproveitar todo o sabor da fruta.
Conclusão
Nem tudo o que viraliza merece espaço no nosso prato. É importante fazer escolhas conscientes, sem cair em armadilhas emocionais ou pressões sociais. O morango do amor pode até parecer irresistível, mas o verdadeiro amor-próprio está em respeitar seus limites e fazer escolhas que nutrem o corpo e a mente.
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Perguntas Frequentes sobre o Morango do Amor
O morango do amor faz mal para a saúde?
Consumido ocasionalmente, ele não representa um grande risco. No entanto, por ser rico em açúcar, calda caramelizada e ingredientes ultraprocessados, o consumo frequente pode levar a picos de glicemia, ganho de peso, inflamações e até contribuir para doenças como diabete e obesidade.
Quantas calorias tem um morango do amor?
Em média, uma unidade pode ultrapassar 300 calorias, dependendo do tamanho e da quantidade de cobertura utilizada. Isso equivale a uma refeição leve ou lanche reforçado.
Existe uma forma mais saudável de comer morango como sobremesa?
Sim! Você pode consumir o morango com chocolate 70% cacau derretido, com creme de ricota, iogurte natural sem açúcar ou até com chia e mel em pequenas quantidades. São opções mais nutritivas e equilibradas.
Por que sentimos vontade de comer algo só porque está na moda?
Isso acontece por influência emocional, visual e social. As redes sociais criam uma sensação de pertencimento, e muitas vezes buscamos provar algo apenas para sentir que estamos atualizadas ou incluídas. Esse comportamento impulsivo pode gerar frustração e arrependimento depois.
Morango engorda?
O morango in natura não engorda. Ele é uma fruta com baixo valor calórico, rica em antioxidantes, fibras e vitamina C. Quando consumido sem adição de açúcar ou coberturas, é um excelente aliado da saúde e pode até ajudar em dietas de emagrecimento.

Sobre a autora: Lylía R Söuza é a criadora do blog SBB Mulher Moderna.
Mãe, esposa e mulher em constante evolução, que aprendeu a se amar com mais leveza!
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